Letícia Alves Machado (2015)
Orientador: Oswaldo de Vasconcelos Vilella
RESUMO
Objetivo: Através de revisão sistemática da literatura apresentar o prognóstico de dentes autotransplantados com seis ou mais anos de pós-operatório e diferentes estágios de formação radicular no momento da cirurgia. Material e métodos: Uma extensa pesquisa bibliográfica foi realizada em cinco bases de dados eletrônicas: PubMed, Scopus, Web of Science, Lilacs e Cochrane Library. Critérios de inclusão e exclusão foram estabelecidos para selecionar os artigos de interesse. Os resultados avaliados foram: 1. taxa de sobrevivência; 2. percentual de dentes com mobilidade anormal; 3. condições pulpares; 4. percentual de dentes com reabsorção radicular. Dados diretamente relacionados com os resultados pesquisados foram extraídos dos artigos incluídos de forma independente por dois autores. Uma meta-análise foi realizada com parte dos dados coletados. Resultados: O levantamento nas bases de dados originou 1848 artigos. Todos foram analisados de acordo com os critérios de eligibilidade estabelecidos e seis estudos foram incluídos. A taxa de sobrevivência variou de 75,3% a 91% e a meta-análise forneceu uma magnitude do efeito de 81% (p < 0,0001). O percentual de anquilose variou de 4,2% a 18,2% com magnitude do efeito igual a 8% ( p < 0,0001). A taxa de reabsorção radicular variou de 3 a 10% e a magnitude do efeito calculada foi de 4% (p < 0,0001). Não foi possível realizar meta-análise com os dados obtidos da avaliação das condições pulpares e do percentual de dentes com mobilidade. Conclusão: Através dos dados coletados, verificou-se que a taxa de sobrevivência foi excelente, considerando o período de observação. As taxas de anquilose e reabsorção radicular, apesar de pequenas, influenciam o prognóstico dos dentes autotransplantados. Palavras-chave: dente; transplante autólogo; prognóstico
