Taísa Figueiredo Chagas
Orientador: José Nelson Mucha
RESUMO
Objetivo: Verificar se há concordância ou não entre as medidas obtidas em indivíduos adultos brasileiros brancos com as medidas das análises para os tecidos moles do perfil facial preconizadas por Holdaway, Merrifield, Burstone, Steiner e Ricketts. Metodologia: Foi utilizada uma amostra de 30 radiografias cefalométricas, sendo 15 mulheres (média = 22,67 ± 3,48 anos) e 15 homens (média = 23,93 ± 3,47 anos), com idades entre 18 e 31 anos (média = 23,93 ± 3,47 anos), todos apresentando oclusão excelente. Cefalogramas foram obtidos, juntamente com as medidas das análises do perfil facial, por único avaliador calibrado. Foram realizadas comparações com as medidas propostas pelos autores citados, utilizando-se o teste t e foi testada a correlação entre as medidas ANB e Â-H descrita por Holdaway através do Coeficiente de Correlação de Pearson. Para todos os teste, foi adotado o nível de significância de 5% (p < 0,05). Resultados: Das medidas avaliadas, 4 apresentaram diferenças estatisticamente significativas: Â.Z (Merrifield); S-LS e S-LI (Steiner) e E-LI (Ricketts) para os padrões preconizados pelos autores. Para as medidas ANB, Â.H, LB-LS, LB-LI não houve diferença estatisticamente significativa. Conclusão: Não houve diferença estatisticamente significativa nas medidas preconizadas Holdaway e Burstone. As medidas preconizadas por Merrifield, Steiner e Ricketts apresentaram diferenças estatísticas, sendo que para o ângulo “Z”, os brasileiros apresentam um perfil mais convexo, para Steiner ligeiramente mais côncavo, e para o Plano E (Rickttes), maior protrusão do lábio inferior. Pode-se considerar que os indivíduos brasileiros adultos apresentam o perfil facial ligeiramente mais convexos dos que as normas americanas, mas estas diferenças devem ser vistas com cautela, pois clinicamente são pequenas. Palavras-chave: cefalometria, perfil facial, normas de referência.