Luiz Felipe Cardoso de Araújo
Orientador: Dr. José Nelson Mucha
RESUMO
Objetivo: Sintetizar as informações disponíveis na literatura, relativas à estabilidade da correção da mordida aberta anterior por meio de uma revisão sistemática. Métodos: Após um criterioso processo de inclusão e exclusão, 43 estudos (29 relatos de casos e 14 estudos controlados) foram identificados a partir de uma pesquisa eletrônica no Medline database – Entrez PubMed e Bireme, no período de janeiro de 1989 a dezembro de 2009. Não foram identificados estudos randomizados controlados prospectivos, revisões sistemáticas ou metanálises. A estabilidade do transpasse vertical foi avaliada nos diferentes tipos de tratamento encontrados. Resultados: A recidiva média no transpasse vertical foi de -0,1mm no grupo dos relatos de casos e de -0,2mm nos estudos controlados, num período médio pós tratamento de 3,7 e 4 anos, respectivamente. No grupo de estudos controlados, verificou-se que um percentual significativo de pacientes apresentou transpasse vertical negativo em T3 (em média 18,7%), inclusive aqueles tratados com cirurgia ortognática. O tratamento ortodôntico com extrações aparentou ser mais estável do que o sem extrações. Conclusão: a quantidade e o tipo de estudos disponíveis na literatura não são suficientes para permitir conclusões definitivas quanto à estabilidade da correção da mordida aberta anterior em pacientes sem crescimento.
Palavras chave: Mordida aberta; estabilidade do tratamento; pacientes adultos