Katia Faerman (2013)
Orientadora: Adriana de Alcântara Cury Saramago
RESUMO
Introdução: O tratamento da maloclusão de Classe II é desafiador tanto pela alta frequência com que ocorre, quanto pela seleção da melhor forma de tratamento. O uso do aparelho extraoral cervical (AEO) é bastante comum, mas dúvidas persistem quanto aos efeitos ocorridos na maxila e na mandíbula para a correção desta desarmonia, mesmo quando avaliados por meio de diferentes análises. Objetivo: Avaliar, por meio de diferentes medidas cefalométricas anteroposteriores, os efeitos do tratamento com aparelho extraoral de tração cervical sobre a maxila e a mandíbula de pacientes jovens portadores de Classe II. Material e Métodos: Foram obtidas medidas de 60 traçados cefalométricos de 30 adolescentes, portadores de maloclusão de Classe II 1ª divisão de Angle, de ambos os gêneros, selecionados pela entrada consecutiva para tratamento, nas fases inicial (T1) e final (T2) do tratamento. As medidas cefalométricas utilizadas foram: SNA, SNB, ANB, Co-A, Co-Gn e AO-BO (Wits). Os dados da estatística descritiva e inferencial foram organizados em tabelas. Compararam-se posteriormente as medidas iniciais e finais para determinar os efeitos esqueléticos tanto na maxila como na mandíbula, por meio de diferentes referências. Resultados: O teste t de Student aplicado para análise estatística das diferenças das variáveis entre T1 e T2 resultou em mudanças estatisticamente significativas na correção da Classe II 1ª divisão de Angle. A desarmonia esquelética foi corrigida, observada pela redução da discrepância maxilomandibular, de acordo com a medida ANB e Wits e com a diferença maxilomandibular, que atingiu um valor compatível com o de um indivíduo normal, devido ao controle do crescimento maxilar e à possibilidade de crescimento normal da mandíbula. Conclusões: Os resultados do tratamento da Classe II, em indivíduos em crescimento com AEO cervical, podem ser considerados excelentes, mesmo com diferentes interpretações das medidas aqui utilizadas.
Palavras-chave: maloclusão de Classe II, aparelho extraoral, cefalometria.