Disciplina de Ortodontia

Avaliação Cefalométrica de Efeitos Ântero-posteriores na Maxila e Mandíbula com Utilização de Aparelho Extra-Oral Cervical

Anderson Jaña Rosa
Orientador: José Nelson Mucha

RESUMO

Muitos trabalhos avaliaram as alterações ântero-posteriores decorrentes da utilização dos aparelhos extra-orais de tração cervical, e as opiniões são controversas; além disso, foram utilizados, muitas vezes, outros aparelhos que podem ter mascarado os resultados, ou não houve comparação com grupos controle. Para esse estudo, foram analisadas as radiografias cefalométricas iniciais e finais de 24 indivíduos (brasileiros, 10 meninos e 14 meninas, portadores de maloclusão de Classe II, na fase final da dentição mista, com média de idade inicial de 10 anos e 7 meses e idade média final de 11 anos e 9 meses), os quais utilizaram apenas aparelho extra-oral de tração cervical, apoiados em anéis com tubos cimentados nos 1os molares superiores, com força de 350 a 400 gramas de cada lado e utilizados durante 14 a 16 horas por dia. O tempo médio de estudo foi de 1 ano e 2 meses. Para constituir o grupo controle, foram selecionados 30 indivíduos canadenses (15 meninos e 15 meninas), os quais não sofreram qualquer tipo de tratamento, com intervalo de observação semelhante ao grupo experimental, pertencentes ao Burlington Growth Center. De posse das médias iniciais e finais, diferenças médias das medidas e desvios-padrão, foram efetuados testes “t” de Student entre as médias iniciais e finais e, as alterações do grupo experimental foram comparadas com o grupo controle. Conclui-se, na avaliação das alterações do grupo experimental, que as medidas ANB, WITS e S’-C6 apresentaram redução estatisticamente significativa (P<0,01), enquanto que a medida S’-Pog teve um aumento significativo (P<0,05). Já as medidas S’-ENA, S’-A e S’-B não apresentaram diferenças estatisticamente significativas (P>0,05). Ao efetuar a comparação das alterações médias do grupo experimental com o grupo controle, as medidas ANB, S’-A e S’-C6 apresentaram diferenças estatisticamente significativas de 1% de probabilidade (P<0,01), enquanto que as medidas WITS, S’-B, S’-Pog apresentaram diferenças significativas de 5% de probabilidade (P<0,05). Na medida S’-ENA não houve diferença estatisticamente significativa (P>0,05).

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