Brunna Gomes Velloso de Araújo
Orientador: Andréa Fonseca Jardim da Motta
RESUMO
O objetivo deste estudo foi de verificar a existência de relação entre a forma das superfícies das faces vestibulares dos incisivos inferiores e o apinhamento na região anterior inferior. Foram selecionados 90 pares de modelos de gesso de pacientes, previamente ao tratamento ortodôntico, do Curso de Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial da Universidade Federal Fluminense, todos portadores de maloclusão de Classe I de Angle, dentição permanente, e independente da presença ou não de apinhamento na região anterior inferior. Para avaliação das formas das faces vestibulares, foi definido um índice, obtido pela divisão da maior largura mésio-distal na borda incisal, pela medida da largura cervical (obtida pela transferência da largura incisal no sentido vertical). Este índice foi denominado de IFV. De acordo com o IFV foram definidos três grupos de 30 modelos inferiores como a seguir: Grupo I, com forma retangular; Grupo II, com forma intermediária e Grupo III, com forma triangular. Para avaliação das irregularidades dos incisivos nos três grupos, foram utilizados o Índice de Irregularidade de Little e a Discrepância anterior de perímetro de arco (de canino a canino inferior). Foi ainda obtido o Índice de Peck e Peck para os três grupos. Com o intuito de verificar a existência de diferenças estatisticamente significativas nos três grupos, foi utilizado o Teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. Foi verificada diferença entre os Grupos I e III, para todas as variáveis, podendo-se concluir que a forma das faces vestibulares tem relação com o apinhamento na amostra estudada.
