Fernanda Alvine Silva
Orientadores: Beatriz de Souza Vilella e Mariana Martins e Martins
RESUMO
Objetivo: Observar se a complexidade da maloclusão e a necessidade de tratamento ortodôntico (visão normativa) tem influência na qualidade de vida (impacto percebido) em adultos jovens que nunca foram tratados ortodonticamente. Material e Método: A amostra foi constituída por 131 adultos jovens entre 18 e 35 anos, que não receberam tratamento ortodôntico, selecionados na Faculdade de Odontologia da UFF. Os dados foram obtidos através de exames clínicos que permitiram o preenchimento da tabela de avaliação do ICON, e também por questionários sobre qualidade de vida relacionada à saúde oral (OHIP-14) e nível socioeconômico (CCEB-2015). Resultados: Foram avaliados 86 participantes do sexo feminino (65,64%) e 45 do sexo masculino (34,35%). A média das idades foi de 28,31 anos. Os valores do OHIP-14 variaram entre 0 e 29 pontos, com média de 4,59 pontos. Entre o grau de complexidade da maloclusão e a qualidade de vida observou-se fraca correlação significativa (p < 0,0001; r= 0,375). Na comparação entre a qualidade de vida entre os grupos com e sem necessidade de tratamento foi encontrada diferença significativa (p < 0,0001). Não foi observada correlação entre os níveis socioeconômicos e a qualidade de vida (p = 0,189). A qualidade de vida entre os sexos masculino e feminino apresentou diferença significativa (p = 0,0226). Conclusões: A necessidade de tratamento ortodôntico teve influência na qualidade de vida. Por outro lado, a complexidade da maloclusão apresentou correlação fraca. As mulheres demonstraram maior percepção da maloclusão, através da avaliação da qualidade de vida, quando comparadas aos homens. Não houve diferença entre o nível socioeconômico e a qualidade de vida.
Palavras-chave: Qualidade de vida. Má oclusão. Ortodontia.
